UM CLIQUE E DOZE REVELAÇÕES - Antonio Mozeto
1. Por favor se apresente.
Antonio Mozeto. Professor titular aposentado da UFSCar. Fotografo ‘quase desde que me conheço como gente’. Mas, ‘levando mais sério’, nos últimos 9-10 anos.
2. Você pode descrever essa imagem em apenas uma frase?
O projeto iniciado há alguns anos ganhou força no ano passado (início da pandemia da Covid-19), está associado a características importantes do território, quais sejam, a topografia, a topologia e a tipologia; nele fotografo caixas d’água, chaminés, ‘bins’ de elevação/carregamento de laranja, moinhos de vento, torres de monitoramento de incêndio (usualmente em canaviais e áreas de reflorestamentos), outras estruturas de usinas de açúcar e álcool, edifícios industriais em geral, silos de armazenamento de grãos, tanques reservatórios de combustíveis etc; cenas de paisagens urbanas e rurais (novas topografias) quase que rigorosamente desprovidas de pessoas (como postos de gasolina, pequenas igrejas etc).
3. Esse é o seu estilo ou você gosta de outros assuntos para fotografar?
Este é um dos projetos que desenvolvo em paralelo aos retratos que faço de trabalhadores e paisagens rurais.
4. Por que você selecionou essa foto para nos mostrar?
Porque é representativa do penso sobre a fotografia.
5. Quando e onde essa foto foi feita?
Do período de 2019 ao presente.
6. Que equipamento você usou para essa foto?
Uso duas ‘mirrorless’ (Fujifilm X100T e Panasonic LX100II) e uma DSLR (D500 Nikon).
7. Qual foi sua principal motivação para fazer essa foto?
Tenho particular interesse por ‘paisagens vernaculares’ dedicando-me em especial ao interior do estado de São Paulo. As capturas ‘tipológicas’ são inspiradas no clássico trabalho do casal Becher, Bern Becher (1931-2007) e Hila Becher (1934-2015) que fotografava estruturas obsoletas (carcaças pós-industriais) exibidas pela primeira vez em série, como ‘tipologias’, geralmente mostradas em grades. A parte das topografias inspira-se na grande mostra da George Eastman House nos EUA (1975) chamada ‘New Topographics: Photographs of a Man-Altered Landscape’, que continha a característica de imagens despidas de qualquer detalhe artístico e reduzidas a um estado essencialmente topográfico, transmitindo quantidades substanciais de informações visuais, mas evitando completamente os aspectos de beleza, emoção e opinião.
8. Você editou essa foto? Fale algo sobre isso.
Trabalho no Lightroom e um pouco no Photoshop quando preciso remover, por exemplo, fios de eletricidade, de algumas fotos.
9. Você aprendeu algo no processo de fazer, editar e compartilhar essa foto?
No ato de fazer as fotos sim, enquanto editar e compartilhar considero apenas como uma coisa técnica.
10. O que você gostaria que as pessoas vissem nessa foto além do que ela nos mostra?
Isto eu acho que está a cargo de quem vê as fotos. Entendo que as imagens fotográficas não são só a superfície. Há muitas camadas sub superficiais que se desenlaçam no momento que as pessoas vêm as fotografias.
11. Você gostaria de receber algum feedback sobre esse seu trabalho?
Feedback é sempre muito importante.
12. Onde as pessoas podem ver mais do seu trabalho fotográfico?
No meu site: antoniomozetophotography, meu Instagram e no meu Facebook.
Comentários
Postar um comentário